Friday, March 2, 2012

Você tem consciência do que veio buscar aqui? Quem lhe trouxe?

Você tem consciência do que veio buscar aqui? Quem lhe trouxe?

O coração tem seus mistérios. Mistérios que vão sendo revelados, pouco a pouco, de acordo com a sua maturidade. O seu coração tem o registro de todo o programa daquilo que deve ser realizado nessa encarnação. Quando esse programa começa a se revelar, é possível que você se assuste com os desígnios que estão além da mente, e também com o poder desses desígnios. Esses dias, eu tenho ouvido muitas perguntas a respeito de como lidar com os fenômenos extrassensoriais. Algumas pessoas estão assustadas com os fenômenos que estão acontecendo com elas. Alguns estão tendo experiências de desdobramento astral muito intensas, outros estão tendo manifestações de siddhis* que são poderes do Ser se manifestando. Ou seja, são fenômenos que estão além da mente. Alguns se sentem curiosos e ao mesmo tempo assustados.

Eu digo que você não deve se preocupar com tais fenômenos (um saddhu entrou no salão e dançou ao som dos bhajans; depois deu um presente para Prem Baba, falou algumas palavras em hindi e foi embora). São apenas sinalizações que o seu Ser está começando a querer manifestar o seu programa. Não se preocupe em querer entender. Assim como o que aconteceu aqui há pouco, porque, às vezes, nós entramos no plano da loucura. Esse saddhu*¹ vive na beira da Ganga. Eu não entendo nada do que ele fala, e ele não entende nada do que eu falo. Mas, eu o vejo e sei que ele me vê. Eu tenho um amor profundo por ele. Não importa a temperatura, todos os dias, de madrugada, ele toma o banho dele na Ganga; faz suas oblações e preces.

Eu tenho uma profunda admiração por aqueles que estão realmente comprometidos com a verdade. Eu reverencio todo aquele que está comprometido com a verdade.

O mahashivaratri*² está chegando. É um período em que muitos portais se abrem. A energia se torna muito intensa e muitos fenômenos ocorrem. Deus chega perto, a ponto de se manifestar fisicamente, na forma do lingam*³.

Hoje eu não estou inclinado a responder às suas perguntas, estou apenas inclinado a ficar aqui com vocês.

Um trabalho profundo está acontecendo.

Você não deve se preocupar com os siddhis, apenas foque em abrir o seu coração. Quando você puder manter o coração aberto, você poderá estabilizar os siddhis.

Falando um pouco sobre a história desse corpo que eu uso para falar com vocês, quando eu tinha 18 ou 19 anos, houve o primeiro afluxo de siddhis. Eu estava muito dedicado ao sadhana: meditação, pranayama e mantra, todos os dias, várias horas. Até que, um dia, eu saí do corpo e quando eu voltei, tudo abriu. Eu lia a mente das pessoas… Eu via tudo: passado, presente e futuro. Até mesmo, movia coisas com o poder do pensamento. Eu me assustei, mas achei o máximo, e comecei a me achar muito poderoso (e as pessoas ao meu redor também). Então, eu caí como uma pedra que se atira para cima e se quebra no chão.

Demorou muito para eu compreender o que estava acontecendo. Era o Ser que estava começando a querer se revelar, mas a personalidade ainda não estava pronta.

Você já sabe o que veio buscar aqui? Já encontrou?

Para se aprofundar no estudo de si mesmo, eu estou sugerindo que você se recolha o máximo possível. Evite as distrações e se mantenha sintonizado com esse campo de prece, e logo você compreenderá porque veio aqui. De uma forma geral, eu vejo que todos que aqui chegam, vêm em busca de uma solução para o sofrimento. Mas, nesse momento, cada um precisa de uma chave para abrir um departamento do seu Ser; para iluminar um canto da sua alma; para dissolver alguns karmas específicos e cortar os nós de certos apegos. Em resumo você veio para isso.

Você me ajuda se recolhendo e mantendo-se sintonizado comigo o máximo possível.

Muitos vêm, porque querem se aproximar de mim e me conhecer melhor. Vocês estão tendo essa oportunidade. Sempre que o trabalho muda de frequência, isso acontece comigo; as palavras desaparecem e eu trabalho em outro nível.

A lua chegou ao seu pico ontem, e agora estamos entrando no mahashivaratri. A lua vai diminuindo sua influência sobre a mente, até que, na noite de Shiva, ela não tem nenhuma influência sobre ela. Esse período é muito especial, por isso, quanto mais puder se recolher e evitar qualquer tipo de extravagância, você receberá um presente.

Os sábios comem muito pouco nessa fase. Eles comem pouco e meditam muito. Assim é possível entrar no campo da magia.

A mente pode acompanhar uma parte da cura, mas existe outra parte que ela não consegue compreender.

Abençoado seja cada um de vocês. Que possamos trilhar o caminho do coração.

Até o nosso próximo encontro.

NAMASTE



* Siddhi é uma palavra sânscrita que literalmente significa “realização”, “consecução” ou “sucesso”. Também é usada como um termo para poder espiritual (ou habilidade física). O termo é usado neste sentido no Hinduísmo e no Budismo Tântrico. Siddhis podem ocorrer de muitas maneiras: naturalmente através da ação do kharma, como um resultado de prática prolongada (sadhana), através de austeridades rigorosas (tapasya) ou por Graça.

*¹ Sadhu: no hinduísmo, é um termo comum para designar um místico, um asceta, um praticante de yoga ou um monge andarilho. A origem da palavra vem de sädh, que significa “alcançar objetivos”. A mesma origem é usada na palavra sädhana, que significa “prática espiritual”. Sadhus são sanyasins, ou renunciantes, que deixam todo seu material ou materiais sexuais e moram nas cavernas, florestas e templos por toda a Índia e Nepal.

*² Mahashivarátri: Todos os meses, a noite anterior ao dia da Lua Nova é chamada Shivarátri, a noite de Shiva. Uma vez ao ano, no mês chamado Magha (fevereiro/março), há um dia e uma noite inteiros dedicados a Shiva, chamados Mahashivarátri. Esse dia é de orações, rituais e ascetismo, sendo também utilizado para a iniciação de Sannyasins, ou renunciantes, e para reafirmar propósitos de busca espiritual. No dia de Mahashivarátri são observados o silêncio e o jejum, além de outras práticas religiosas. Durante o dia são realizados rituais e à noite há um Árathi – ritual simples com fogo, cânticos e distribuição de Prasada (alimento oferecido e consagrado) que depois é distribuído entre os participantes. Nos templos, o Mantra OM Namah Shivaya (‘OM, Saudações a Shiva’) é repetido numa corrente contínua até a meia-noite.

*³ Lingan: Símbolo de Shiva e do poder gerador masculino. O lingam não se relaciona apenas com a sexualidade, mas também com a força vital que se manifesta nas práticas. “O lingam é o signo distintivo que permite conhecer a natureza última das coisas.” Shiva Purána, I:16, 106. A palavra deriva das raízes: “lin” (absorver, dissolver) e ‘gam” (produzir, penetrar profundamente, compreender). Inclui não apenas o falo, mas também a sua união com a vulva (yoni), que o rodeia na base. O lingam de fogo que Shiva cria para mostrar o seu poderio, cuja base busca infrutuosamente o javali de Vishnu nas profundezas da terra e seu cume no alto dos céus o cisne de Brahma, é o próprio axis mundi, o eixo do mundo. Por isso, Vishnu aparece como o guardião da terra e Brahma como o senhor do céu. O lingam não é símbolo de Shiva: ele é o próprio Shiva, criador e eixo da criação ao mesmo tempo.



O coração tem seus mistérios. Mistérios que vão sendo revelados, pouco a pouco, de acordo com a sua maturidade. O seu coração tem o registro de todo o programa daquilo que deve ser realizado nessa encarnação. Quando esse programa começa a se revelar, é possível que você se assuste com os desígnios que estão além da mente, e também com o poder desses desígnios. Esses dias, eu tenho ouvido muitas perguntas a respeito de como lidar com os fenômenos extrassensoriais. Algumas pessoas estão assustadas com os fenômenos que estão acontecendo com elas. Alguns estão tendo experiências de desdobramento astral muito intensas, outros estão tendo manifestações de siddhis* que são poderes do Ser se manifestando. Ou seja, são fenômenos que estão além da mente. Alguns se sentem curiosos e ao mesmo tempo assustados.

Eu digo que você não deve se preocupar com tais fenômenos (um saddhu entrou no salão e dançou ao som dos bhajans; depois deu um presente para Prem Baba, falou algumas palavras em hindi e foi embora). São apenas sinalizações que o seu Ser está começando a querer manifestar o seu programa. Não se preocupe em querer entender. Assim como o que aconteceu aqui há pouco, porque, às vezes, nós entramos no plano da loucura. Esse saddhu*¹ vive na beira da Ganga. Eu não entendo nada do que ele fala, e ele não entende nada do que eu falo. Mas, eu o vejo e sei que ele me vê. Eu tenho um amor profundo por ele. Não importa a temperatura, todos os dias, de madrugada, ele toma o banho dele na Ganga; faz suas oblações e preces.

Eu tenho uma profunda admiração por aqueles que estão realmente comprometidos com a verdade. Eu reverencio todo aquele que está comprometido com a verdade.

O mahashivaratri*² está chegando. É um período em que muitos portais se abrem. A energia se torna muito intensa e muitos fenômenos ocorrem. Deus chega perto, a ponto de se manifestar fisicamente, na forma do lingam*³.

Hoje eu não estou inclinado a responder às suas perguntas, estou apenas inclinado a ficar aqui com vocês.

Um trabalho profundo está acontecendo.

Você não deve se preocupar com os siddhis, apenas foque em abrir o seu coração. Quando você puder manter o coração aberto, você poderá estabilizar os siddhis.

Falando um pouco sobre a história desse corpo que eu uso para falar com vocês, quando eu tinha 18 ou 19 anos, houve o primeiro afluxo de siddhis. Eu estava muito dedicado ao sadhana: meditação, pranayama e mantra, todos os dias, várias horas. Até que, um dia, eu saí do corpo e quando eu voltei, tudo abriu. Eu lia a mente das pessoas… Eu via tudo: passado, presente e futuro. Até mesmo, movia coisas com o poder do pensamento. Eu me assustei, mas achei o máximo, e comecei a me achar muito poderoso (e as pessoas ao meu redor também). Então, eu caí como uma pedra que se atira para cima e se quebra no chão.

Demorou muito para eu compreender o que estava acontecendo. Era o Ser que estava começando a querer se revelar, mas a personalidade ainda não estava pronta.

Você já sabe o que veio buscar aqui? Já encontrou?

Para se aprofundar no estudo de si mesmo, eu estou sugerindo que você se recolha o máximo possível. Evite as distrações e se mantenha sintonizado com esse campo de prece, e logo você compreenderá porque veio aqui. De uma forma geral, eu vejo que todos que aqui chegam, vêm em busca de uma solução para o sofrimento. Mas, nesse momento, cada um precisa de uma chave para abrir um departamento do seu Ser; para iluminar um canto da sua alma; para dissolver alguns karmas específicos e cortar os nós de certos apegos. Em resumo você veio para isso.

Você me ajuda se recolhendo e mantendo-se sintonizado comigo o máximo possível.

Muitos vêm, porque querem se aproximar de mim e me conhecer melhor. Vocês estão tendo essa oportunidade. Sempre que o trabalho muda de frequência, isso acontece comigo; as palavras desaparecem e eu trabalho em outro nível.

A lua chegou ao seu pico ontem, e agora estamos entrando no mahashivaratri. A lua vai diminuindo sua influência sobre a mente, até que, na noite de Shiva, ela não tem nenhuma influência sobre ela. Esse período é muito especial, por isso, quanto mais puder se recolher e evitar qualquer tipo de extravagância, você receberá um presente.

Os sábios comem muito pouco nessa fase. Eles comem pouco e meditam muito. Assim é possível entrar no campo da magia.

A mente pode acompanhar uma parte da cura, mas existe outra parte que ela não consegue compreender.

Abençoado seja cada um de vocês. Que possamos trilhar o caminho do coração.

Até o nosso próximo encontro.

NAMASTE



* Siddhi é uma palavra sânscrita que literalmente significa “realização”, “consecução” ou “sucesso”. Também é usada como um termo para poder espiritual (ou habilidade física). O termo é usado neste sentido no Hinduísmo e no Budismo Tântrico. Siddhis podem ocorrer de muitas maneiras: naturalmente através da ação do kharma, como um resultado de prática prolongada (sadhana), através de austeridades rigorosas (tapasya) ou por Graça.

*¹ Sadhu: no hinduísmo, é um termo comum para designar um místico, um asceta, um praticante de yoga ou um monge andarilho. A origem da palavra vem de sädh, que significa “alcançar objetivos”. A mesma origem é usada na palavra sädhana, que significa “prática espiritual”. Sadhus são sanyasins, ou renunciantes, que deixam todo seu material ou materiais sexuais e moram nas cavernas, florestas e templos por toda a Índia e Nepal.

*² Mahashivarátri: Todos os meses, a noite anterior ao dia da Lua Nova é chamada Shivarátri, a noite de Shiva. Uma vez ao ano, no mês chamado Magha (fevereiro/março), há um dia e uma noite inteiros dedicados a Shiva, chamados Mahashivarátri. Esse dia é de orações, rituais e ascetismo, sendo também utilizado para a iniciação de Sannyasins, ou renunciantes, e para reafirmar propósitos de busca espiritual. No dia de Mahashivarátri são observados o silêncio e o jejum, além de outras práticas religiosas. Durante o dia são realizados rituais e à noite há um Árathi – ritual simples com fogo, cânticos e distribuição de Prasada (alimento oferecido e consagrado) que depois é distribuído entre os participantes. Nos templos, o Mantra OM Namah Shivaya (‘OM, Saudações a Shiva’) é repetido numa corrente contínua até a meia-noite.

*³ Lingan: Símbolo de Shiva e do poder gerador masculino. O lingam não se relaciona apenas com a sexualidade, mas também com a força vital que se manifesta nas práticas. “O lingam é o signo distintivo que permite conhecer a natureza última das coisas.” Shiva Purána, I:16, 106. A palavra deriva das raízes: “lin” (absorver, dissolver) e ‘gam” (produzir, penetrar profundamente, compreender). Inclui não apenas o falo, mas também a sua união com a vulva (yoni), que o rodeia na base. O lingam de fogo que Shiva cria para mostrar o seu poderio, cuja base busca infrutuosamente o javali de Vishnu nas profundezas da terra e seu cume no alto dos céus o cisne de Brahma, é o próprio axis mundi, o eixo do mundo. Por isso, Vishnu aparece como o guardião da terra e Brahma como o senhor do céu. O lingam não é símbolo de Shiva: ele é o próprio Shiva, criador e eixo da criação ao mesmo tempo.

Prem Baba ( Brasil )

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